Senadora defende a importância dos jogos na região amazônica, especialmente no Acre, onde já existe uma política forte de preservação.
A senadora Marina Silva (PT-AC) defendeu em Plenário, nesta sexta-feira (13), a escolha de Rio Branco como uma das 12 cidades brasileiras que deverão sediar a Copa do Mundo em 2014. Na opinião da senadora, Rio Branco, com o projeto Acre Sede Verde da Copa, poderá ser a sede do Green Goal (Gol Verde) no Brasil e, assim, divulgar a necessidade de compromisso com a preservação ambiental por parte das pessoas e governos.
O estado do Acre, por ser o "nascedouro" do movimento ambiental no país, especialmente com a atuação do líder seringueiro Chico Mendes, lembrou a ex-ministra do Meio Ambiente, poderá mostrar ao resto do mundo que é possível haver desenvolvimento econômico com sustentabilidade ecológica.
"Achamos que, se ali [no Acre] é o berço do socioambientalismo, o berço da defesa da Amazônia e do desenvolvimento sustentável, uma visão que busca realizar o desenvolvimento com preservação e a preservação com desenvolvimento, este seria o momento e a oportunidade não só para o Brasil, mas para o mundo poder alavancar esse esforço e esse processo que teve início há vinte anos, na figura de Chico Mendes", ressaltou a senadora.
Marina Silva lembrou que a Copa no Brasil acontece num momento em que duas crises atingem todo o mundo: a econômica e a ambiental. Para ela, é possível viver bem em regiões de florestas, como a Amazônia, da mesma forma como na cidade. A senadora citou o termo "florestania", uma analogia à expressão "cidadania", que se refere à vida digna na cidade, explicou.
A representante do Acre disse ainda que Rio Branco possui condições técnicas para sediar o evento. Ela informou, como exemplo, que o Estádio Arena da Floresta é o único no Brasil construído dentro dos padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). E afirmou que o estado tem infraestrutura para receber o fluxo de pessoas que assistirão aos jogos. Outros aspectos exigidos pela Fifa, disse Marina Silva, poderão ser ajustados.
"Nosso projeto técnico é reconhecidamente um dos melhores, tanto é que ficamos entre as dezoito cidades [das vinte e duas que se candidataram para sediar os jogos], porque, além de dar a solução do ponto de vista ambiental e social para as atividades propriamente ditas dos jogos da Copa, tem todo um processo de ancoragem baseado numa economia de sustentabilidade da capacidade de suporte para o atendimento dessa grande demanda", enfatizou.
Para Marina Silva, ainda, a escolha de Rio Branco como uma das sedes vai possibilitar a ampliação do público da Copa, com uma população não só do Brasil, mas de toda aquela região, inclusive Peru e Bolívia.
"É um raio que atinge cerca de quarenta milhões de pessoas que terão, nessa chance de o Acre sediar a Copa do Mundo, a oportunidade de poder assistir a esses jogos, coisa que dificilmente fariam em outros centros que legitimamente vão sediar jogos" concluiu a senadora.
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