A superdosagem de cloreto férrico, apresentado na água distribuída pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), poderá causar câncer de estômago, gastrite ou doenças no aparelho digestivo caso seja ingerida. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Urbanitários por meio de nota no começo da tarde de ontem.
De acordo com o texto, a dosagem deveria ser feita por um sistema computadorizado e com a supervisão de um engenheiro responsável, o que a autarquia não possui, pois teria afastado o profissional responsável, colocando outro trabalhador que não estaria visitando a Estação de Tratamento de Água (ETA).
“O problema reside no fato de que a dosagem de produtos, que deveria estar sendo feita de forma computadorizada, está acontecendo em razão do sucateamento da ETA 2 sem critérios técnicos, sem acompanhamento e sem orientação do engenheiro químico, que na maioria das vezes nem aparece na estação para orientar os operadores sobre a dosagem correta que deveria ser colocada”, escreveram os representantes do sindicato.
Os urbanitários ainda denunciaram o Saerb de estar jogando o esgoto da cidade no Igarapé São Francisco sem o devido tratamento, que seria realizado pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), mas que também estaria desativada.
“A ETE-Conquista, inaugurada recentemente para tratar parte do esgoto da cidade, está totalmente desativada, jogando esgoto in natura no Igarapé São Francisco, sem nenhum esclarecimento das autoridades à população”, detalharam os diretores da entidade. Os urbanitários ainda defenderam os operadores, informando que a responsabilidade da mistura da água é do engenheiro químico.
O sítio www.ac24horas.com informou que o presidente do Saerb, Semy Ferraz, teria dito que o problema ocorreu no dia 19 e que teria sido normalizado no dia 24.
Mesmo informando que o excesso de cloreto férrico teria sido resolvido, a população ainda está reclamando da cor e do cheiro da água oferecida pela autarquia. (Freud Antunes)
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